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Em entrevista à Radio TRT FM, Embaixador da RGB fala sobre governança no serviço público



Quem não deseja procurar serviços públicos como hospitais, escolas ou transporte e ter a garantia de que será bem atendido? Tudo isso pode se tornar realidade se houver governança na administração pública, ou seja, mecanismos de liderança, estratégia e controle que garantam bons resultados. Foi pensando nesse conceito que o Ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, fundou a Rede Governança Brasil (RGB).

Ele é o convidado da Entrevista da Semana na Rádio TRT FM 104.3. No bate papo, ele explica como a política de governança pode recuperar a confiança dos cidadãos no poder público.

A Entrevista da Semana vai ao ar toda segunda-feira, a partir das 8h, dentro do programa TRT Notícias. Para ouvir, basta sintonizar a frequência da rádio (104.3MHz - região metropolitana de Cuiabá) ou acessar o endereço www.trtfm.com.br. Também é possível ouvir em sites de rádio, como RadiosNet, entre outros serviços semelhantes.

Confira os principais trechos da entrevista:

O que é governança e qual a importância dos órgãos públicos investirem nela?

O Brasil precisa disseminar governança se quiser entrar no clube dos países mais desenvolvidos do planeta, especialmente na OCDE, que reúne os 38 países mais desenvolvidos, que precisam estruturar uma boa governança para passar confiança nas negociações internacionais. Se o país não tiver uma boa governança, certamente isso dificulta os investimentos e não passará confiança para os investidores.

A governança é uma série de instrumentos que permite direcionar, monitorar, avaliar os riscos e ter planejamento estratégico. É uma série de ferramentas importantes que precisamos ter para poder viabilizar a governança.

Os órgãos públicos precisam investir em governança para entregar resultados. Sem uma boa governança não há entrega de resultados na educação, na saúde e em outras áreas que são fundamentais para a nação.


Qual o impacto da governança para o cidadão?

Para o cidadão é fantástico, o impacto é enorme. Quando se tem um ministério bem estruturado ou uma prefeitura, um governo do estado bem estruturado, com bom treinamento, com boa preparação de governança de pessoal, governança de TI, governança de aquisições, isso contribui muito para o cidadão pelo fato de que ele terá resultados. Ele também começa a entender o processo e pode contribuir para a governança da cidadania.

A governança traz esse desenvolvimento e conscientização do que o cidadão pode fazer, pode contribuir, participando e ajudando a fiscalizar para ter eficiência, eficácia e efetividade no serviço público.

Quais os desafios e o que ainda falta avançar no Brasil?

Os desafios que ainda temos pela frente para poder implantar a governança é conscientizar o gestor maior, como o presidente da república. Conversei várias vezes com o atual presidente e o anterior e conseguimos fazer um decreto de governança. Tive oito meses de reunião até convencer Michel Temer e agora o presidente da república Bolsonaro para que ele possa implantar a governança. Creio que aos poucos estamos disseminando.

Até eu trazer a proposta em 2013 e 2014 não se falava em governança. Nesse período foi quando implantei no Tribunal de Contas da União a governança pública como forma de buscar resultado e eficiência. Com isso, damos condições da sociedade poder acompanhar todo esse processo.

Porque a governança, quando é boa e eficaz, é para prestar contas para a sociedade, que é o nosso estuário de tudo que acontece no serviço público. Nós temos que entregar bons resultados para sociedade. A sociedade está em um patamar maior e os líderes que fazem a governança tem que entender que isso é um instrumento de aperfeiçoamento da nação brasileira.

Como funciona na prática a Rede Governança Brasil e como ela tem contribuído?

Como fundador da Rede Governança Brasil eu me sinto muito feliz porque estamos crescendo e já temos próximo de 500 voluntários. São brasileiros que estão trabalhando em diversos comitês na Rede Governança Brasil para que a gente possa pensar o Brasil a médio e a longo prazo. Pensar o Brasil para 2030 a 2040, ter planejamento estratégico, pensar a nação no sentido de que ela, tendo competência dentro da estrutura do estado, vai dar condições de competitividade para o conjunto da nação, melhorando a educação.

Agora eu estou trabalhando muito para melhorar as nossas universidades. Estamos fazendo uma auditoria no ensino médio e no ensino universitário, da eficiência das nossas universidades ou da ineficácia das nossas universidades. Esse ano eu espero apresentar.

Temos um alto nível de profissionais que participam da Rede Governança Brasil. É um alto nível de intelectuais que participam da rede de governança Brasil para discutir os temas e assim levarmos sugestões para os ministros do Governo Federal.

Fonte: Rádio TRT FM da 23 ª Região/MT

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